domingo, 25 de fevereiro de 2018

Eu, um viajante no tempo.


     Sim, admito, sou um viajante no tempo. Acho que desde muito pequeno, talvez desde os 7, 8 anos, não tenho bem certeza de quando isto começou.

     No início, me lembro, fui primeiro à Bagdad e pude constatar a tirania do sultão Shariar e também a coragem daqueles que o enfrentavam. Claro que, obediente às regras da minha máquina do tempo, observei, mas nunca alterei o curso dos acontecimentos.

     Depois teve aquela viagem com um amigo e escoteiro, o Bila. Teve algum perigo, pois haviam uns caras bem maus, mas conseguimos nos safar.

     Houve também uma época em que pude fazer várias viagens à Grécia antiga, por indicação de meu amigo José Bento Renato – passeis algumas férias no sítio dele -, onde presenciei fatos incríveis na Neméia e, não poucas vezes fui salvo de situações difíceis por um outro amigo, o Minervino.

     Ainda naquela fase inicial das minhas viagens tive algumas aventuras inesquecíveis , das quais, algumas, de vez em quando, até hoje, gosto de revisitar. Meu companheiro nessas várias viagens foi, então, o Jules Gabriel.  Caramba, este entendia mesmo de aventura e, embora em outras viagens eu tivesse ido, sempre,  muitas vezes ao passado, com o Jules eu pude, pela primeira vez, viajar ao futuro e, pasmem: fiz até viagens além da Terra. Que experiência!

     Muitas e muitas têm sido essas minhas viagens no tempo, ao passado e ao futuro, mas, já adulto, fiz duas viagens, ao passado, que mudaram radicalmente minhas atitudes, uma foi quando conheci Σωκράτης, por volta de 405 AC. É, é isso mesmo. Nome complicado, né? É grego, mas marcou-me definitivamente as nossas conversas sempre tão agradáveis, sobretudo sobre a ética, sobre as virtudes que devemos aprender e cultivar. E a outra, à Hipona, por volta de 400 DC, onde conheci Aurelius e, com este, desde então, tenho tido muitas e muitas conversas e aprendido muito. Sim, viajo para lá com muita constância, sempre, claro, graças ao poder da minha máquina do tempo.

     Aliás, ainda não falei muito sobre essa minha máquina do tempo, que poucos sabem, mas vou contar a vocês um segredo: não é a única!   Sim, há várias delas espalhadas pelo mundo e é perfeitamente possível, para qualquer um que queira, encontrá-las, e manuseando-as com atenção, fazer várias e várias viagens no tempo como eu sempre fiz e faço até hoje.

     Para ajudar a quem queira, vou mostrar abaixo uma foto da minha máquina do tempo, pois assim ficará mais fácil a quem quiser encontrar alguma, pois elas são muito parecidas umas com as outras, embora variem de tamanho e com alguns equipamentos a mais – a minha é pequena.

     Aproveitem. Boa viagem, mas lembrem-se, haja o que houver: não interfiram nos acontecimentos, pois pode ser perigoso.