domingo, 12 de fevereiro de 2017

Privatização da CEDAE-RJ. Imprudência governamental ?


Privatizar a empresa produtora e distribuidora de água do Estado do Rio de Janeiro é, no mínimo, cometer 2 imprudências:
-         a primeira, é a imprudência econômica;
-         a segunda, é a imprudência estratégica ambiental.

A imprudência econômica.

A CEDAE é o único ativo do Governo estadual e É um ATIVO LUCRATIVO ! O lucro líquido da CEDAE, no último ano, foi de R$ 248,8 milhões( em média R$ 20 milhões de lucro líquido mensal).

Se considerarmos que , para manter funcionando o Hospital Pedro Ernesto (que tantos e tão bons serviços presta à população mais necessitada) é necessário um repasse mensal em torno de R$ 7 milhões, dá para começar a entender a importância de se manter uma empresa lucrativa como a CEDAE no patrimônio do Estado.

Por que se desfazer de uma empresa tão lucrativa?  Quem se desfaz de algo que só dá lucro e bons lucros ? 
No mínimo, é uma imprudência econômica.

A imprudência estratégica ambiental.

A água potável e limpa é de importância fundamental para a vida humana e o acesso à água é um direito humano essencial e fundamental para a sobrevivência dos seres humanos.
Assim, é claro como água, que o controle da água por grandes GRUPOS PRIVADOS vai colocar algo tão estratégico para a vida humana nas mãos de quem só se preocupa com o comércio, com o lucro financeiro.
O controle da água por GRUPOS PRIVADOS vai se transformar, num futuro não tão distante, numa das principais fontes de conflito mundial.
Um governo que abre mão do controle de algo tão essencial para a vida humana e passa tal controle para grupos privados coloca em perigo toda uma população, que ficará a mercê da avidez por lucro dos grupos privados.
Um governo que privatiza o controle de algo tão estratégico, não quer ver, ou não se importa com o fato de a água  (seu controle) vir a ser utilizado como ferramenta de poder por tais grupos privados.
Água é essencial para a vida.
Água é essencial para o ser humano e para a sua inalienável dignidade.
(“Laudato Si”, I2).

Privatizar o controle da água é, no mínimo, uma imprudência estratégica ambiental.