quinta-feira, 7 de maio de 2015

O amor de Deus.

   Outro dia, vi essa imagem postada por uma amiga; não ia comentar, mas depois achei que valia esclarecer esse engano.
   Primeiro, só algumas considerações básicas: 
   - Todos que me conhecem, sabem que não tento converter ninguém, pois respeito a opção de cada um e convivo muito bem com todos; enfim, este texto não objetiva convencimento ou conversão e é uma reflexão pessoal.
   - Se diz respeito a Deus, não é Filosofia, é Teologia, religião.

   Dito isto e, no que concerne à religião católica: Não ! Não está certa a afirmação constante da imagem, e quem fez o texto da imagem, ou não conhece o catolicismo, ou se baseou nos diversos exemplos errados que infelizmente toda familia tem, ou agiu de má-fé.

   Para Deus, na nossa visão cristã, não é porque alguém não crê, que por isto vai para o "inferno", não!
   Deus é para todos. Crentes ou não.

   É claro que nós, Cristãos sérios, gostaríamos que a crença em Deus e, principalmente, em seus ensinamentos, abrangesse tanto mais pessoas quanto possível.
   Mas, nós, Cristãos sérios, sabemos que, para Deus, todos são seus filhos amados e que o que importa, de fato, é o comportamento de cada um diante da vida, o que muitos sequer percebem e que, de fato, crêem.

   "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo."
   Amar ao próximo significa ver no outro a si mesmo e, portanto, agir com o outro como se fosse consigo mesmo.
   
   Homem ou mulher algum, de fato, está excluído por Aquele que nos disse de amar ao próximo. E esse nosso próximo é aquele(a) a quem devemos prestar serviço de misericórdia, caso esteja em dificuldade, ou a quem deveríamos prestar ajuda, caso necessitasse. Daí a conseqüência: aquele(a) que nos presta, de alguma forma, um auxílio é, também, nosso próximo.

   Ora, só quem não consegue entender, ou usa de má-fé, ou conduz indevidamente a outros é que não vê que ninguém se exclui do preceito e a ninguém pode-se negar o dever da misericórdia.

   É este comportamento, no geral, que representa o "amar a Deus" mais libertador, mais radical. Quem assim vive, mesmo que ainda não saiba, já é livre, já crê.

   A opção pelo amor ao próximo, pela caridade, pelo Bem é uma opção que parte do mais íntimo de cada um e é o que define a crença pessoal. E a graça divina nos conduz nesse caminho de busca.

   Santo Agostinho disse que “A verdadeira liberdade não consiste na faculdade de escolher entre o bem o mal, e sim no poder voltar-se para o Bem e renunciar ao mal”.

   Paz e Bem !