quinta-feira, 30 de abril de 2015

SIM, AO DESARMAMENTO !

   A chamada "bancada da bala", volta-e-meia tenta retomar uma discussão visando à derrubada do Estatuto do Desarmamento.
   
   A par dos interesses dos fabricantes de armas que, claro, querem proteger seus comércios, essa tal "bancada" e seus integrantes que ousam dizer-se "defensores de direitos", em qualquer sentido, NÃO visam a defesa da sociedade e, sim, seus próprios interesses e dos grupelhos que, de fato, representam.
   
   Ao retornar o assunto, onde basicamente se deveria responder sim ou não à pergunta: “Você é a favor da proibição do comércio de armas no país ?”, podemos e devemos refletir:
   
   Primeiramente se pode pensar em optar pelo NÃO (não se deve proibir), uma vez que há necessidade de termos a vontade livre, sem coação, para, ao manifestarmos o desejo de não ter uma arma, o estivéssemos fazendo não por estarmos obrigados a isto pela lei, mas porque, podendo optar por tê-la, adquiri-la, decidimos por não tê-la, não adquiri-la, caso contrário, ‘mérito não teria’ .
   
   Uma vez tendo isto apreendido e bem definido, podemos aí sim, no exemplo citado, refletir sobre a opção do SIM (sim, deve-se proibir) e o quanto esta opção significa a coerção de nossa liberdade, de nossos direitos, e como ISTO SÓ ACONTECE quando não fizemos antecipadamente a opção racional, interior, libertária, pelo NÃO (não às armas).

   A partir desse entendimento não há mais como ver tal lei como cerceamento de liberdade, de direito.

   A ética da liberdade já foi consumada. E a lei ? Esta, como nos auxilia Agostinho de Hipona, só poderia ser considerada uma ‘coação da liberdade para quem não consiga ver nela sua bondade intrínseca’, ou seja, a ética da liberdade decorre da ‘eleição do bem e não da escolha entre o bem e o mal.

   Em tempos recentes, bem discutidos, já fizemos a opção pelo SIM, ou seja, devia-se proibir - e foi proibido - o comércio de armas e esta opção, independente de significar a opção pela ética da liberdade, provou-se responsável direta por uma redução significativa de vítimas desse comércio.

   Ainda citando Santo Agostinho: ‘ uma coisa é estar na lei, e outra sob a lei’. Quem está na lei é livre nela. Quem está sob a lei é escravo por ela.

   Recuar, neste caso, é regredir !