sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal ?

Feliz Natal ?
Um amigo me disse que não poderia me desejar feliz natal, porque não era católico, por outra, é ateu.
Então eu lhe disse: mas o Natal não é só para quem é católico. Para nós, a comemoração desse nascimento é uma alegria da qual todos participam, porque é de todos, para todos. Veja bem:
Pense em uma energia, um conceito, um conjunto de valores, nomeie como quiser, mas que seja aquilo que não se pode pensar algo de maior, ou de mais perfeito. Pensou?
Guarde em você esse pensamento radical.
Exatamente por não se poder pensar nada de maior, logicamente, você terá o padrão, o fundamento a que você poderá se referenciar em tudo o mais.
Por ser aquilo que não se pode pensar nada de maior, ou melhor, você, lógico, vai querer para voce.
Por pensar algo tão maior, tão perfeito, seria lógico que você desejasse que todas as pessoas compartilhassem desse Bem.
Por pensar um Bem tão maior é lógico e natural que os princípios daí extraídos te auxiliem na vida e que você deseje que também a todos auxilie.
Por pensar um Bem tão maior, portanto ideal de justiça, é lógico e natural que você almeje a Justiça para si e para todos.
Por pensar um Bem tão maior é lógico e natural que você não queira abandonar esse referencial maior, que o seu intelecto pode conceber. Da mesma forma, você desejará o mesmo para as outras pessoas
Então, que assim seja.

Caro amigo, essa é, para nós, a intenção do Natal e é exatamente como falamos (rezamos) todos os dias. Veja bem:
Pense em uma energia, um conceito, um conjunto de valores, nomeie como quiser, mas que seja aquilo que não se pode pensar algo de maior, ou de mais perfeito.
Guarde em você esse pensamento radical.
Exatamente por não se poder pensar nada de maior, logicamente, você terá o padrão, o fundamento a que você poderá se referenciar em tudo o mais.
PAI NOSSO, QUE ESTÁS NO CÉU, SANTIFICADO SEJA O TEU NOME.
Por ser aquilo que não se pode pensar nada de maior, ou melhor, você, lógico, vai querer para você.
VENHA A NÓS O VOSSO REINO.
Por pensar algo tão maior, tão perfeito, seria lógico que você desejasse que todas as pessoas compartilhassem desse Bem.
SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, ASSIM NA TERRA, COMO NO CÉU.
Por pensar um Bem tão maior é lógico e natural que os princípios daí extraídos te auxiliem na vida e que você deseje que também a todos auxilie.
O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE.
Por pensar um Bem tão maior, portanto ideal de justiça, é lógico e natural que você almeje a Justiça para si e para todos.
PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO.
Por pensar um Bem tão maior é lógico e natural que você não queira abandonar esse referencial maior, que o seu intelecto pode conceber. Da mesma forma, você desejará o mesmo para as outras pessoas.
NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL.
Então, que assim seja.
AMÉM.
Esse é o espirito do Natal. Para todos, por todos.
Feliz Natal!

sábado, 19 de dezembro de 2015

Minha Benção !

Há 33 anos, N. Sra. da Conceição ouviu as minhas orações e, por isso, Deus me concedeu um dos meus maiores pedidos, uma benção maravilhosa.

Te amei antes que você existisse.

Te amei em silêncio.

Te amei sempre e desde sempre.

Amo você e amarei para sempre, não só como A minha benção, mas como uma benção divina que recebi de N. Senhora, de N. Sr. Jesus, Deus Pai e Espírito Santo, a Quem peço sempre que te abençoem, protejam e guiem para sempre.

Feliz  aniversário, minha benção, meu orgulho, meu amor !

Amo você.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A arte não pode ser imposta!


   Se você está em um ambiente aberto, sem inconvenientes à arte - a rua, por exemplo - e se depara com um "artista de rua" se apresentando, você pode, se quiser, parar para escutá-lo, apreciar aquela arte e, se for o caso, até contribuir com o artista. É uma opção sua.

    Se você está em um ambiente fechado, com inconvenientes à arte - um vagão de metrô, por exemplo - onde muitos podem aproveitar o tempo de confinação obrigatório para ler, ou rezar, ou meditar, ou refletir sobre assuntos próprios, ou manter uma conversação com outra pessoa e, de repente, se depara com alguém que, sem mais nem menos, começa uma apresentação musical, que querendo ou não, atrapalha as suas reflexões, a sua leitura, a sua conversa, etc, isso é uma imposição de arte.

   E, se essa imposição, além de toda inconveniência a quem não tem como escapar, não optou por assistir , ao final, o "artista" que impôs esse incômodo, ainda solicita uma contribuição financeira, mesmo opcional  ?
Isto não é arte para “alegrar” – como alegam-, isto é comercialização da arte, e incômodo.

   A arte não pode ser imposta. A arte tem que estar disponível, para quem quiser procurá-la e, aí então, apreciá-la e até pagar por ela, quando for o caso.

   -"Ah, os incomodados que se mudem!", dirão os politicamente corretos.
   Mas, os "incomodados" não estavam incomodando ninguém, não estavam em um ambiente optativo, mas sim num transporte público, obrigatório para o seu deslocamento para casa, ou para o trabalho, aproveitando aquele tempo de confinação obrigatória para pensar, refletir, rezar, ler, meditar, conversar com outro, etc, sem incomodar qualquer outro e merecendo não ser incomodado.

    Será que aqueles “politicamente corretos” teriam a mesma posição, se , ao invés de tais “músicos”, fossem grupos de religiosos, ou grupos políticos discursando suas idéias, ou torcedores fanáticos impondo suas preferências, enfim algo do gênero, que atrapalhasse aquela reflexão, aquela leitura, aquela conversa com o outro ao lado ?

   Tudo tem hora e lugar.  A arte é essencial e tem que ser respeitada e estar disponível para quem a busque, assim como o direito de cada um aproveitar o tempo de transporte público obrigatório, sem incomodar aos demais, para poder refletir, ler, meditar, rezar, conversar com outros, enfim, não ser incomodado com imposições de que tipo ou gênero for.

   A arte não pode ser imposta. A arte tem que estar disponível, para quem quiser procurá-la e, aí então, apreciá-la e até pagar por ela, quando for o caso.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Boa vida, hein!



Vinha o sujeito, caminhando despreocupado, de volta da padaria onde fora comprar o lanche da tarde e, ao passar pela porta de um restaurante onde costuma almoçar, vê um garçom, seu conhecido, sentado no banco que  existe à porta, relaxando.

- Fala, meu amigo, que boa vida “hein” !, diz o sujeito ao garçom.

- Boa vida, só se for a sua. Que pergunta mais idiota. Disse um outro, que estava ao lado do garçom.

Silêncio! O que era para ser apenas um cumprimento inocente, vira uma constrangedora situação de confronto.

O sujeito pára, volta e pergunta: Como ?

Aquele outro rapaz, que reagiu de forma tão estressada a um cumprimento tão carioca e tão inocente, completa:

- O doutor que está à toa, passeando, vem zombar de quem está descansando de uma rotina de trabalho, enquanto não começa o novo período ? Boa vida é a sua, que está aí sem fazer nada !

Infelizmente, hoje em dia, isto está cada vez mais comum. Não se pode mais fazer qualquer comentário inocente, sem qualquer má-intenção, pois a praga do politicamente correto contaminou toda e qualquer situação. A “luta de classes” se faz presente, independente de existirem as “classes”.

O “coitadismo” e o “vitimismo” imperam, poderosos, contaminando a tudo e a todos.

- Meu caro, diz o sujeito, foi apenas um comentário , sem qualquer má-intenção, sem querer ferir seus sentimentos, mas vou aproveitar e te contar uma história, que se você puder escuta-la , pode ser um bom presente que vou te deixar:

Tenho 60 anos e trabalhei desde os 7 anos, já que o meu pai faleceu quando eu tinha 3 anos e ficamos eu, meus irmão (menores) e minha mãe, praticamente sem nada.

Vivemos de favor, na casa de outra pessoa e sabíamos, desde sempre, que nós mesmos é que teríamos que virar essa situação. A culpa nunca foi dos outros e, sempre pensei: se há outras pessoas em situação melhor, eu também posso melhorar.

Como eu disse, trabalhei desde os 7 anos e sempre soube que a educação poderia me fazer melhorar. A meta nunca foi a de ficar rico, mas a de poder cuidar da minha família.

Então, essa era a meta: melhorar de vida e cuidar dos meus; e esse era o caminho: trabalho e educação.

Para que isto pudesse ocorrer, não poderia haver desvios, então procurei aproveitar todos os minutos, todo o tempo, na busca daqueles objetivos. A cada tempo livre, eu estudava!  A cada momento de folga, eu lia! Enquanto outros culpavam a vida e “os ricos”, eu procurava aproveitar as poucas oportunidades que tinha, e estudava, e trabalhava.

Caro amigo, muitas vezes foi muito difícil.   Muitas vezes vi outros curtindo a vida, mas isto nunca me fez ficar chateado com a vida , ou com aqueles, ao contrário, eram as minhas metas, era a minha luta e isto me incentivava mais e mais.

A vida não é igual para todos, como alguns nos querem fazer crer, apenas para nos manipularem, a vida não é um mar de rosas, mas também não é uma estrada de espinhos. Há de tudo um pouco e não podemos é ficar culpando a vida, os outros, enquanto nada fazemos para mudar a situação.

Muito trabalhei, mas muito mais estudei e mais ainda lutei e agarrei todas as oportunidades que me apareceram.

Tenho, hoje, 60 anos. Não, não fiquei rico, ainda luto para cuidar da minha família, mas o trabalho e o estudo me deram a oportunidade de ir com calma à padaria e cumprimentar os amigos, sem má-intenção, com alegria.

Num mundo sempre em crise, com o desemprego sempre nos rondando, poder ter um emprego, poder estudar e poder cuidar da família, com o produto do meu esforço e da minha dedicação, sem culpar a vida, ou os outros, mais que tudo, me coloca sempre com o ânimo elevado e confiante sempre, mais na minha própria capacidade, do que na pretensa “culpa” da vida e dos outros.

Existem muitas histórias iguais, outras nem tanto. A escolha é de cada um.

Paz e Bem !

quinta-feira, 7 de maio de 2015

O amor de Deus.

   Outro dia, vi essa imagem postada por uma amiga; não ia comentar, mas depois achei que valia esclarecer esse engano.
   Primeiro, só algumas considerações básicas: 
   - Todos que me conhecem, sabem que não tento converter ninguém, pois respeito a opção de cada um e convivo muito bem com todos; enfim, este texto não objetiva convencimento ou conversão e é uma reflexão pessoal.
   - Se diz respeito a Deus, não é Filosofia, é Teologia, religião.

   Dito isto e, no que concerne à religião católica: Não ! Não está certa a afirmação constante da imagem, e quem fez o texto da imagem, ou não conhece o catolicismo, ou se baseou nos diversos exemplos errados que infelizmente toda familia tem, ou agiu de má-fé.

   Para Deus, na nossa visão cristã, não é porque alguém não crê, que por isto vai para o "inferno", não!
   Deus é para todos. Crentes ou não.

   É claro que nós, Cristãos sérios, gostaríamos que a crença em Deus e, principalmente, em seus ensinamentos, abrangesse tanto mais pessoas quanto possível.
   Mas, nós, Cristãos sérios, sabemos que, para Deus, todos são seus filhos amados e que o que importa, de fato, é o comportamento de cada um diante da vida, o que muitos sequer percebem e que, de fato, crêem.

   "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo."
   Amar ao próximo significa ver no outro a si mesmo e, portanto, agir com o outro como se fosse consigo mesmo.
   
   Homem ou mulher algum, de fato, está excluído por Aquele que nos disse de amar ao próximo. E esse nosso próximo é aquele(a) a quem devemos prestar serviço de misericórdia, caso esteja em dificuldade, ou a quem deveríamos prestar ajuda, caso necessitasse. Daí a conseqüência: aquele(a) que nos presta, de alguma forma, um auxílio é, também, nosso próximo.

   Ora, só quem não consegue entender, ou usa de má-fé, ou conduz indevidamente a outros é que não vê que ninguém se exclui do preceito e a ninguém pode-se negar o dever da misericórdia.

   É este comportamento, no geral, que representa o "amar a Deus" mais libertador, mais radical. Quem assim vive, mesmo que ainda não saiba, já é livre, já crê.

   A opção pelo amor ao próximo, pela caridade, pelo Bem é uma opção que parte do mais íntimo de cada um e é o que define a crença pessoal. E a graça divina nos conduz nesse caminho de busca.

   Santo Agostinho disse que “A verdadeira liberdade não consiste na faculdade de escolher entre o bem o mal, e sim no poder voltar-se para o Bem e renunciar ao mal”.

   Paz e Bem !


quinta-feira, 30 de abril de 2015

SIM, AO DESARMAMENTO !

   A chamada "bancada da bala", volta-e-meia tenta retomar uma discussão visando à derrubada do Estatuto do Desarmamento.
   
   A par dos interesses dos fabricantes de armas que, claro, querem proteger seus comércios, essa tal "bancada" e seus integrantes que ousam dizer-se "defensores de direitos", em qualquer sentido, NÃO visam a defesa da sociedade e, sim, seus próprios interesses e dos grupelhos que, de fato, representam.
   
   Ao retornar o assunto, onde basicamente se deveria responder sim ou não à pergunta: “Você é a favor da proibição do comércio de armas no país ?”, podemos e devemos refletir:
   
   Primeiramente se pode pensar em optar pelo NÃO (não se deve proibir), uma vez que há necessidade de termos a vontade livre, sem coação, para, ao manifestarmos o desejo de não ter uma arma, o estivéssemos fazendo não por estarmos obrigados a isto pela lei, mas porque, podendo optar por tê-la, adquiri-la, decidimos por não tê-la, não adquiri-la, caso contrário, ‘mérito não teria’ .
   
   Uma vez tendo isto apreendido e bem definido, podemos aí sim, no exemplo citado, refletir sobre a opção do SIM (sim, deve-se proibir) e o quanto esta opção significa a coerção de nossa liberdade, de nossos direitos, e como ISTO SÓ ACONTECE quando não fizemos antecipadamente a opção racional, interior, libertária, pelo NÃO (não às armas).

   A partir desse entendimento não há mais como ver tal lei como cerceamento de liberdade, de direito.

   A ética da liberdade já foi consumada. E a lei ? Esta, como nos auxilia Agostinho de Hipona, só poderia ser considerada uma ‘coação da liberdade para quem não consiga ver nela sua bondade intrínseca’, ou seja, a ética da liberdade decorre da ‘eleição do bem e não da escolha entre o bem e o mal.

   Em tempos recentes, bem discutidos, já fizemos a opção pelo SIM, ou seja, devia-se proibir - e foi proibido - o comércio de armas e esta opção, independente de significar a opção pela ética da liberdade, provou-se responsável direta por uma redução significativa de vítimas desse comércio.

   Ainda citando Santo Agostinho: ‘ uma coisa é estar na lei, e outra sob a lei’. Quem está na lei é livre nela. Quem está sob a lei é escravo por ela.

   Recuar, neste caso, é regredir !

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Reflexões.

   Há algo de errado quando o ParTido que, quando oposição, se colocava como a esperança de ética e de apoio às causas de trabalhadores, vem aparecendo como o principal envolvido nos maiores escândalos de corrupção que já assolaram o país (que até tem um histórico negro de corrupção).
   Seja pelo chamado Mensalão - onde já se provou a liderança e a participação de altos escalões do ParTido -, seja pelo chamado Petrolão - de muito maior vulto - e onde, de novo, altos escalões do ParTido e seus aliados estão no olho das denúncias, ora em fase de investigação, é , no mínimo, vergonhoso todo esse envolvimento.
   Junto a estes fatos, e igualmente desalentadora, é a traição eleitoral aos trabalhadores, que são atacados em seus direitos , justamente pelo ParTido no qual confiavam a sua luta, através de um esdrúxulo pacote de ajustes, onde os principais ítens atacados são alterações:
- no seguro-desemprego;
- na pensão por morte;
- no abono salarial;
- no auxílio doença;
- no seguro defeso, dos pescadores;
- no fim da desoneração das folhas de pagamento;
- na correção da tabela de imposto de renda abaixo do índice inflacionário (que na prática penaliza quem ganha menos, pois o limite de isenção não cresceu, como deveria);
sem contar a negativa de um reajuste digno aos aposentados, tudo isto enquanto o ParTido continua compactuando e atuando a favor de reajustes vergonhosamente acima da inflação para os salários e benefícios de políticos e autoridades.
   E os trabalhadores e aposentados mais uma vez sendo massacrados e penalizados, só que desta vez pelo ParTido no qual colocaram suas esperanças!
   Há algo de errado quando, mesmo com tantas traições eleitorais e com tantos desmandos, corrupções e enriquecimentos ilícitos daqueles que se diziam lutar pelos direitos dos trabalhadores, os militantes desse ParTido - sua representação e força maior - optam por colocar seus antolhos e não só negar o óbvio, mas sobretudo, defender a vergonhosa atuação de seus líderes e representantes, como se tais traidores da causa da esperança e dos trabalhadores, fossem heróis da resistência.
   Há algo de errado quando a maior defesa que a militância de antolhos do ParTido argumenta em seu favor, é que outros já fizeram o mesmo no passado, como se erros ou crimes antigos justificassem os novos.
   Absurdo, e verdadeira confissão de culpa e de ação de cabresto !
   Há algo errado, também, quando esse mesmo ParTido se alia a pessoas como Sarney, Renan, Collor, etc, de tão triste passado político e que nos trazem tão amargas recordações, mas que a militância de antolhos, orientada, nada diz a respeito.
   Há algo de errado, também, quando a oposição mais contundente ao ParTido, vem de pessoas como FHC, Caiado, Bolsonaros , etc, que também nos trazem tantas amargas recordações.
   Seja a direita radical, seja a esquerda radical – ambas filhas de um mesmo totalitarismo sempre buscado, quer por uma ditadura militar, quer por um autoritarismo marxista, etc - , tanto boa parte da oposição atual, quanto a situação atual, não querem e não buscam, DE FATO, as causas dos trabalhadores, dos aposentados e dos desassistidos socialmente, apenas tratam de usar de qualquer meio manipulativo de ocasião.
   Coitados de nós, que só temos sede de justiça, de paz, de honestidade, de ética, mas desesperar, jamais !
   A solução ? Só a médio e longo prazo. É importante, portanto, formar novos indivíduos, com uma educação de valor, não ideológica, que saiba sobre o passado, mas que pense sobre o presente e o futuro, por si próprios, sem antolhos, sem cabrestos, com verdadeiros valores de ética, justiça, paz, tolerância e igualdade.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Pena de morte - II

Em prosseguimento ao artigo publicado em : http://eticaehumanismo.blogspot.com.br/2010/01/e-se-condenacao-fosse-pena-de-morte.html.

Relato de um debate sobre a pena de morte.

Francisco 20/01/2015

Pena de morte.
Para um católico, ser a favor da pena de morte significa não ter ainda entendido a mensagem de Jesus e não ter captado ainda, também, pelo menos uma das lições da crucificação de Cristo.
Para as demais pessoas, ser a favor da pena de morte é dar ao Estado o direito de matar em seu nome, ainda que não seja o carrasco efetivo. 
Essa, com certeza, não é a forma ideal de penalidade.
Mas isto não significa que criminosos devam ficar inpunes. A lei penal deve prever penas adequadas que, nem transmitam uma sensação de impunidade - devem ser cumpridas integralmente - e nem cometam excessos cruéis.

D.C.    amigo querido, sábias são suas palavras.. mas eu realmente sou à favor da pena de morte para crimes hediondos, estupradores, traficantes, matadores, pedófilos, pois infelizmente para essa maioria não há cura, não há arrependimento e só quem teve algum familiar que perdeu a vida bestamente com um tiro no peito por um traficante pode dizer o quão nossas leis não corrigem ou consertam essas criaturas do mal... ela morreu, ele cumpriu pena e foi posto em liberdade e continua fazendo maldades.. se esperarmos que nossos governantes mudem as leis isso nunca irá acontecer pq a maior parte da banda podre está entre os politicos do nosso Brasil... e eles não irão criar leis para dar tiro no próprio pé...
20 de janeiro às 10:21

L.M.   Olha que São Tomás era católico...e a favor da pena de morte, hein?
20 de janeiro às 11:49

J.L.   Sou católico e a favor da pena de morte. Também a favor de métodos contraceptivos para redução da população pobre, divórcio, anti-celibato para os padres (método de manutenção da riqueza sem herdeiros...) entre outros.
20 de janeiro às 11:58

L.M.  O celibato dos padres não é uma questão dogmática,J.L. Eles já puderam casar, e, se no futuro isto for revisto, ainda poderão.
20 de janeiro às 12:00

B.J. Discordo. Acho sim que o mundo tem que ser altruísta, porém, os marginais não pensam assim. Tiram a sua vida como se fosse um mosquito. Fui assaltada na esquina do meu prédio, reagi ao assalto sem imaginar que o bandido portava uma arma. Não morri porque Deus intercedeu ( tenho certeza ). Como ele foi pego, a família inteira apareceu na delegacia. Sabe o que o pai dele disse perante todos? " Eu sou trabalhador. Estou surpreso em saber que meu filho é bandido. Ele pagará na justiça, tendo assaltado, matado ou o que for, porque cadeia está aí pra isso". E só. 
Poderia eu não estar aqui escrevendo isso por conta de um marginalzinho que já deve ter tirado " n" vidas para roubar e trocar tudo por drogas. Sou contra é bandido viver!!!!! Tenho um filho de 7 anos para criar é uma vida toda pela frente. Só não sou a favor de tortura. Injeção letal e tchau! 
Não imaginamos o que é perder um ente querido nas mãos desses crápulas. Me ponho no lugar da família do João Hélio. Lembra desse episódio pra lá de trágico? Imagine a dor dos pais! Logo, antes os assassinos, estupradores, etc... do que eu e minha família! 
20 de janeiro às 18:11

Francisco Jardim    Amigo L.M.
Não somos perfeitos e nem devemos ter essa pretensão.
Penso que nascemos, também, para tender à evolução, ao desenvolvimento, inclusive, espiritual, principalmente envolvendo a universalidade dos seres humanos.
Malgrado os nossos erros e os erros daqueles que nos ajudam nessa evolução, nesse desenvolvimento, somos (e quero ser sempre) devedores daqueles que nos impelem, nos auxiliam nessa caminhada.
Não sou expert no tomismo, mas Tomás de Aquino, humano, não era perfeito, mas não há como não honrá-lo.
Foi também pela ajuda dele, com o auxílio dele - como de tantos outros - que temos condições de avançar bastante nessa caminhada evolutiva, então, quero dever também a ele - como a outros grandes Mestres - o meu desenvolvimento, o nosso desenvolvimento - como humanidade-, que ainda é muito pequeno.

D.C., J.L. e B.J., respeito, claro, suas posições, mas procuro pensar também que sofrer um mal tem uma gradação menor do que fazer um mal e que o dever da Lei é um dever de proteção e de educação, nunca de vingança.
Mandar o Estado matar porque sofremos um mal não me parece agir muito diferente daquele a que estamos mandando matar. Essa, repito, não pode ser a forma mais correta de punir um crime.
Mas não tenho a pretensão de convencer ou julgar qualquer um. Não tenho este direito.
21 de janeiro às 11:16 

L.M. Francisco, se com isso você está dizendo que um Santo deve "evoluir", eu sinceramente não entendo que tipo de catolicismo é este que o senhor pratica. A questão é que a doutrina católica não tem nenhum mandamento absoluto contra a pena capital, podendo esta ser admitida em casos graves e de impossível recuperação.
21 de janeiro às 11:20

Francisco Jardim Note que não falei em "Santo", mas no Tomas, humano, que, com seus textos, nos auxilia nessa evolução.
Ah, no Evangelho está bem claro: não matar.
21 de janeiro às 11:24 

L.M. "Não matar" não é absoluto. Nem nos mandamentos. Existe a legítima defesa, lembra?
21 de janeiro às 11:25

Francisco Jardim E pena de morte seria legítima defesa ?
21 de janeiro às 11:26 

L.M. Matar é legitima defesa quando alguém te ameaça do mesmo. O que prova que o mandamento "não matar" não é absoluto. Na pena de morte, a legitima defesa é da sociedade e do bem comum, ou, como na analogia tomista, quando o corpo está doente, nada mais justo que dar-lhe o remedio que erradique o mal. Portanto, fica justificada a pena de morte.
21 de janeiro às 11:49 

L.M. "Conforme já foi exposto [no artigo 1 da Q. 64] é lícito matar os animais brutos, enquanto eles são ordenados por natureza ao uso dos homens, como o imperfeito se ordena ao perfeito.
Pois toda a parte se ordena ao todo, como o imperfeito ao perfeito, e, por isso, cada parte existe naturalmente para o todo.
Assim, nós vemos que se fosse necessário para a saúde de todo o corpo humano a amputação de algum membro, por exemplo, se a parte está apodrecida e pode infeccionar as demais partes, tal amputação seria louvável e salutar.
Pois bem, cada pessoa singular se compara a toda a comunidade como a aparte para o todo. Portanto, se um um homem é perigoso para a sociedade e a corrompe por algum pecado, louvável e salutarmente se lhe tira a vida para a conservação do bem comum, pois como afirma São Paulo, "um pouco de fermento corrompe toda a massa"
Suma Teológica no Tratado da Justiça II, IIae, Q. 64, a.2.

Francisco Jardim Sinceramente, pensei em deixar de lado qualquer novo comentário. "Fica justificada a pena de morte" (!!!!). Como assim ? Que interpretação forçada é esta ?
Autorizar o Estado a matar alguém que se encontra preso, encarcerado numa cela de um presídio, à mercê da justiça, do Estado, sem representar mais perigo real a sociedade ou ao bem comum, alegando legítima defesa !

É até difícil de ler.


Isto , de fato, me tirou o ânimo.


"... deve se dizer que todo homicídio, mesmo sem pecado, acarreta uma irregularidade ..."


A defesa da própria vida, quando referida a um bem público "... É o que se vê com evidência, no soldado que COMBATE os inimigos da pátria e nos agentes da justiça que LUTAM contra os bandidos. Embora mesmo esses pequem, se forem movidos pela paixão pessoal..."

Já o homicídio em defesa pessoal só seria legítimo se o efeito que se desejava era a conservação da própria vida que, no caso, SÓ SE ALCANÇARIA com a morte do agressor, SEM OUTRA ALTERNATIVA.
" ... Assim agirá ilicitamente quem, para defender a própria vida, empregar uma violência maior do que necessário. Mas se repelir a violência moderadamente, a defesa será lícita: pois, segundo o direito, repelir a força pela força é lícito, com a moderação de uma legítima defesa ..."

Por outro lado, como falei em evolução e desenvolvimento, até o Vaticano, já há muito tempo, vem se posicionando contra a pena de morte que, se na Idade Média, em casos raros, a igreja católica não fechou a porta definitivamente para a possibilidade de a pena de morte ser usada em “um caso de extrema gravidade”. Esse caso de “extrema gravidade” seria por exemplo comparado à legítima defesa, onde a sociedade não tivesse como se livrar do perigo de um assassino, de forma alguma, nem pela prisão perpétua. HOJE EM DIA, na prática, isto parece não mais existir; especialmente por causa dos presídios de segurança máxima; o que faz a Igreja (HOJE) ser, na prática, contra a pena de morte.

Uma prova clara disso, foi que quando da pena de morte aplicada a Sadam Hussein, o Vaticano foi contra a sua execução.

E, a cada caso de condenação nos EUA, o Papa pede clemência.

Padre Lombardi (porta-voz do Vaticano), por ocasião da pena de morte a Sadam Hussein foi bem objetivo a este respeito:

"...Uma execução capital é sempre uma notícia trágica, motivo de tristeza, inclusive quando este foi culpado de graves delitos ...A posição da Igreja católica, contrária à pena de morte, foi várias vezes reiterada.
...
A morte do culpado não é o caminho para reconstruir a Justiça e reconciliar à sociedade. Existe, pelo contrário, o perigo de que isto alimente o desejo de vingança e se semeie nova violência.”
Só para constar: nos Estados Unidos quando se vai executar um condenado à morte, é de praxe - de forma geral - que sejam "convidados" autoridades e a família da vítima, dentre outros, para assistirem à execução, ou seja, é como se as autoridades responsáveis pela execução da pena de morte estejam partilhando com os "convidados" a responsabilidade por tal ato, assim, TODOS são responsáveis por aquela morte.

Mas, não pretendendo alongar o assunto, FINALIZO minha participação neste post (que não é uma disputa) reforçando que não tenho, como já afirmei, a pretensão de convencer qualquer pessoa das minhas convicções - que são MINHAS convicções.

Paz e Bem!

P.S.: as citações de Tomás de Aquino foram retiradas do art. 7, Q. 64. Vol.VI.
22 de janeiro às 10:12 ·

L.M. " sem representar mais perigo real a sociedade ou ao bem comum "

Desde quando uma pessoa presa deixa de ser ameaça, Francisco? Temos dezenas de traficantes e bandidos presos que, de dentro dos presidios, dirigem seus ""negócios". Outros meliantes, mais ou menos poderosos, tem regalias, mandam e desmandam e continuam perpetrando seus crimes, mesmo encarcerados. Desculpe a sinceridade mas se vc alega que é "dificil" ler que é legitima defesa da sociedade a invocação da pena de morte, sua justificativa soa assaz ingênua, até mesmo pueril, sabidos todos nós que o sistema penitenciário, em especial no nosso país, longe de "recuperar" alguém (seu objetivo expresso) apenas contribui para a mantença dos crimes e de criminosos.

" Já o homicídio em defesa pessoal só seria legítimo se o efeito que se desejava era a conservação da própria vida que, no caso, SÓ SE ALCANÇARIA com a morte do agressor, SEM OUTRA ALTERNATIVA. "

Este é, precisa e juridicamente, o significado de "legítima defesa". Recorre-se a ela sempre na impossibilidade de se resguardar a própria vida ou de outrem, quando inexiste outro meio de defesa ou salvaguarda.

Quanto às suas considerações sobre a posição do Vaticano só resta dizer que afirmar que, na prática, a Igreja católica é frontalmente contrária a pena de morte é ignorar seus fundamentos, ou comportar-se de má-fé. Os pedidos de clemência do Sumo Pontífice são nobres e movidos por excelentes intenções, mas não são doutrina, já que não são declarações ex-cathedra. Pronunciamentos da Imprensa da Santa Sé não são atos magisteriais, muito menos declarações dos porta-vozes do Vaticano.. Por sinal, o mesmo Papa que foi contra a execução de Saddam hussein, S. João Paulo II, foi autor de uma bula ("Fidei depositum") que justifica, taxativamente, a pena de morte. E olha que esta bula está no novo catecismo. Quanto às suas convicções, perfeito, elas são suas e ninguém tasca, mas não as trasnvista de autoridade magisterial inventada ou imaginária. Pega mal. Ainda mais na sua idade.

Agora, pode apagar, porque sei que não é do seu gosto nenhum tipo de debate, afinal, dane-se o magistério, a doutrina, os santos e a teologia. O que importa são as nossas convicções.

Abraços fraternos.
22 de janeiro às 11:33

L. M. P.S: Só para complementar, eu nunca disse que MATAR era legítimo. Muito menos dei a entender que Santo Tomás o fizesse. Contudo, mesmo em pecado, e sendo irregular, o homicidio por legitima defesa é absolutamente perdoável, e totalmente aceitável para o católico, desde que confessado.
Danem-se as considerações dos Teólogos, santos magistério, doutrina, filosofia, direito da igreja católica bimilenar. O que importa são as nossas convicções. É assim que você defende a bisonha tese de que a pena de morte é frontalmente contrária aos ensinamentos da igreja. E as pessoas ainda reclamam quando eu digo que, apesar de saber-me errado, não concordo com a doutrina católica no tocante a procriação.
22 de janeiro às 11:42

Francisco Jardim Das duas, uma: ou não entendeu o que leu (se leu) direito, ou age levianamente, pois em nenhum post (que eu julgava estar acontecendo dentro de uma ótica de respeito mútuo) jamais foi dito o que levianamente esse rapaz postou como se fossem os meus argumentos. Ao contrário, invoquei precisamente o mesmo testemunho que esse rapaz (L.M.), para contrapor as alegações dele e, mais importante, a minha posição contra a pena de morte é, principalmente e fundamentalmente baseada no 5o. Mandamento, que não admite outra interpretação: Não Matarás.
Como se trata de alguém (L.M.) que julgava ter inteligência suficiente para entender o que leu, e que não foi desrespeitado ou sacado contra ele qualquer leviandade fico bastante surpreso com essa atitude.
22 de janeiro às 20:17 
Francisco Jardim Amigos. 
Passei um tempo refletindo se caberia mais algum comentário, depois dessa leviandade desse rapaz, com uma afirmação tão falsa e tão hostil e de forma tão gratúita, mas conclui que o assunto precisava, de fato, de uma conclusão.
E, já me desculpando com quantos lerem este texto, pela sua extensão, para esta conclusão, alguns pontos precisam ser melhor explicitados:

1) Radicais fundamentalistas, de qualquer religião ou agremiação político-partidária, tendem a forçar interpretações e desconsideram – na maioria das vezes – todo o teor do texto que julgam bem interpretar, atendo-se somente aos pontos que a eles interessam e somente pseudo-interpretando da forma que julgam conveniente.

Assim, quando confrontados, muitas vezes, com todo o texto que eles próprios utilizaram, ou com a real intenção do autor do texto sob referência, apelam para a tentativa de desmoralização daqueles com os quais estão tentando o confronto e, para isto, não se constrangem de utilizar quaisquer meios, lícitos ou não.

Quando demonstrei, usando o próprio texto trazido pelo rapaz, de Tomás de Aquino, que a interpretação dada pelo rapaz não era condizente, a argumentação voltou-se para tentar desacreditar a mim, ao comunicado oficial do porta-voz do Vaticano (que eu trouxe à luz para basear a minha posição), mas convenientemente “esquecendo-se” do fato de que 
NENHUM Porta-Voz oficial de uma Instituição, EM COMUNICADOS OFICIAIS, expressa algo que não seja a POSIÇÃO OFICIAL da Instituição que representam. 
Isto é um fato incontestável !
Da mesma forma, quando um Papa (que sempre sabe da sua importância e responsabilidade) expõe a sua posição, ao contrário do que o rapaz pensa, não são apenas opiniões, principalmente por terem sido feitas em documentos oficiais do Vaticano, conforme relatado.

Certo de seus próprios enganos, volta à tática ilícita de atacar pessoalmente com um irônico “ainda mais na sua idade” e a “transcrever” como se de seu oponente fosse, frase nunca dita e sequer sugerida em qualquer post anterior. 

Assim agem os radicais fundamentalista.

2) Quanto à citação do rapaz sobre o catecismo da Igreja Católica e à negação da posição do Papa:

No Catecismo da Igreja Católica diz:

"2052."Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?" Ao jovem que lhe faz esta pergunta, Jesus responde primeiro invocando a necessidade de reconhecer a Deus como "o único bom", com o bem por excelência e como a fonte de todo bem. Depois, Jesus diz:
"Se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos". E cita ao seu interlocutor os preceitos que se referem ao amor do próximo: "Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe". Finalmente, Jesus resume
estes mandamentos de maneira positiva: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 19,16-19)."

"2054.Jesus, com efeito, retomou os Dez Mandamentos, mas manifestou a força do Espírito em ação na letra deles. Pregou a "justiça que supera a dos escribas e fariseus", como também a dos pagãos.”

"2148 ... É também blasfemo recorrer ao nome de Deus para
encobrir práticas criminosas, reduzir povos à servidão, torturar ou matar. O abuso do nome de Deus para cometer um crime provoca a rejeição da religião."

“Acho”, que para um católico, a Palavra de Jesus vale mais do que qualquer interpretação dada por qualquer ser humano.

Ainda no Catecismo da Igreja Católica, sobre a legítima defesa, tem-se que:

"2263.A legítima defesa das pessoas e das sociedades não é uma exceção à proibição de matar o inocente, que constitui o homicídio voluntário. "A ação de defender-se pode acarretar um duplo efeito: um é a conservação da própria vida, o outro é a morte do agressor.. Só se quer o primeiro; o outro, não." 

"2264 ... Se alguém, para se defender, usar de violência mais do que o necessário, seu ato será ilícito. Mas, se a violência for repelida com medida, será lícito"

"2266 ... A legítima autoridade pública tem o direito e o dever de infligir penas proporcionais à gravidade do delito. A pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa, Quando essa pena é voluntariamente aceita pelo culpado tem valor de expiação. Assim, a pena, além de defender a ordem pública e de tutelar a segurança das pessoas, tem um objetivo medicinal: na medida do possível,
deve contribuir à correção do culpado." .

Se isto ainda não bastar, para um católico, veja-se o que diz o S.Papa João Paulo II , que o rapaz, com certeza, classificaria como uma posição não-oficial:

31 – A DEFESA DE TODA VIDA (Livro Cruzando o Limiar da Esperança,págs. 189-194)
” O direito à vida é para o ser humano, o direito fundamental ... Mas não há nenhum outro direito que toque mais de perto a existência da pessoa ! Direito à vida significa direito de vir à luz e, depois, a continuar na existência até à sua extinção natural. 
...quando se trata simplesmente do mandamento NÃO MATAR ! Este mandamento prevê por acaso alguma exceção ?
A resposta é, evidentemente, NÃO; pois até mesmo a hipótese da legítima defesa ... somente a um injusto agressor, deve respeitar o princípio que os moralistas qualificam como principium inculpatae tutelae (princípio de uma defesa irrepreensível): para ser legítima, aquela ‘defesa’ deve ser realizada de maneira a provocar o menor dano e, se possível, poupar a vida do agressor”

Precisa ser mais claro ? Precisa de algum tipo de interpretação ?

3) Aos NÃO-CATÓLICOS, devo também uma conclusão:

É-me impossível, infinitamente impossível, sequer pensar em imaginar o sofrimento de alguém que perde um ser amado para a violência.

Somos humanos e não temos como prever as nossas reações, humanas. Daí o meu respeito por quem baseia aí uma posição imediata pela pena de morte.

Respeito, mas me forço a pensar que, estando diante de um fato que não tem sentido, diante de um absurdo, e utilizando-me de palavras do padre Fábio de Melo, somos desafiados a descobrir o caminho para a construção de um sentido.

É a partir dessa construção que nos recuperamos. Dessa forma, o sofrimento, inimaginável por quem está de fora, nunca será em vão, porque sempre haverá nele uma ocasião de transformação.

O importante é não nos rendermos a um possível sofrimento destruidor. 

É preciso avivar a esperança, porque tão importante quanto não fechar a porta para os sofrimentos é não impedir, depois, a entrada das alegrias.

Finalmente, ainda pensando que estamos aqui para evoluir não só tecnologicamente, mas principalmente espiritualmente, destaco de S.Paulo que “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito.” (Rom, 12,2)

Paz e Bem!
26 de janeiro de 2015 às 14:59 

(PS) E, em agosto de 2018 ...

E assim é, porque nunca foi de outra maneira.